A APPA prevê melhorias como forma de indenizar os impactos que causa na região. Pediu autorização do governo federal para destinar parte da receita anual para os municípios próximos, através de um projeto de fundo de compensação para o litoral.
O diretor-presidente da Appa, Luiz Fernando Garcia da Silva, diz que a ideia inicial é destinar um porcentual da receita, provavelmente entre 0,5% e 1,5%, para a aplicação em obras na região.
Existem projetos que de fato já vem sendo feitos pela a APPA. Um deles já está em execução: a revitalização da Avenida Bento Rocha, entre a ponte do Rio Emboguaçu até a interseção com a Avenida Portuária, com recursos do próprio porto.
A via em questão possui um tráfego intenso, portanto os usuários terão o benefício de não ter mais o cruzamento do tráfego de quem vai em direção ao Porto de Paranaguá.
Foto Fabio Baldini
Porém, mesmo com estas obras em andamento, o governo federal precisa dar a anuência para esse tipo de investimento – uma vez que qualquer gasto que não esteja diretamente relacionado à operação principal do porto, pode ser penalizado.
Com o pedido de criação do fundo, a intenção é extrapolar esses limites territoriais e possibilitar que os municípios se beneficiem com investimentos.
A preocupação com a geração e a distribuição de renda está no foco do Plano de Desenvolvimento Sustentável (PDS), um estudo sobre as vocações do Litoral do Paraná que está sendo elaborado há mais de um ano – financiado pelo Banco Mundial.
O plano deve servir como parâmetro e orientador das demandas da região litorânea, pois buscará conciliar interesses financeiros, ambientais e sociais.